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terça-feira, 12 de abril de 2011
Jessier Quirino, poeta paraibano é um show! O Brasil ainda não o conhece direito...
F
iquei um monte de tempo procurando uma imagem que pudesse ilustrar o inicio desse post. Achei que esta ai ao lado deu para emoldurar o que eu quero escrever sobre Jessier Quirino. Aliás, vocês sabem quem é ele? Se alguém respondeu positivamente faz parte de uma minoria brasileira e direi até nordestina.
Quirino, paraibano, é um maravilhoso poeta das coisas do Nordeste. Daqueles que nos faz viajar até nossas raízes. Nasceu em Campina Grande e mora em Itabaiana ambas na Paraíba. É um artista que está – ao que me parece – saindo do casulo. Além de tudo é um interprete fascinante de sua própria poesia. Com o sotaque carregado da terra ele dá ritmos e tonalidades únicas aos versos que declama. Um show! Para se ver e ouvir.
Lembro do maior de todos os poetas da terra nordestina, "Patativa do Assaré" (clique aqui para conhecer algumas de suas criações) e longe de mim - que não entendo nada de poesia - fazer qualquer comparação. Quero apenas registrar que Jessier Quirino fala do Nordeste com a mesma alma e graça que os grandes poetas da terra quando se referiam às suas historias, tradições e ao povo.
Eu acho - e desculpem o atrevimento da "analise" - que Quirino mistura a poesia de cordel, com a graça dos repentistas e a criatividade de grandes e imortais poetas populares do sertão como Capiba, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Ariano Suassuna e tantos outros.
Dá para perceber que fiquei encantado com Jessier Quirino. Encantado e de certa forma perplexo. Sim, perplexo com o desconhecimento que o publico, fora do circuito onde ele comumente se apresenta (Paraíba, Pernambuco, Interior do Ceará, Rio Grande do Norte e alhures...), tem de seu trabalho valor cultural.
O poeta foi entrevistado uma vez por Jô Soares e pronto. Eu assisti essa entrevista, mas não sabia quem era. Ele estava muito nervoso. Ri muito com a historia do "Matuto no Cinema". Clique no link e conheçam-no.
Enfim! Poderia ficar aqui falando muito desse paraibano notável que espero (e prevejo) ainda vai fazer muito sucesso no resto do Brasil principalmente quando a comunidade do Nordeste, do Nordestão o conhecer. Por enquanto faço sua divulgação onde posso. Mandando e-mails para os amigos, colocando no Facebook (onde até o Gato Guga, conterrâneo e pernambucano da gema não conhecia o Jessier Quirino) e agora aqui no blog.
Assistam ao vídeo que coloquei com uma poesia notável de Jessier Quirino intitulada “Vou-me embora pro passado” e explorem os links e demais vídeos que estão no YouTube. Tenho certeza que vão concordar comigo (tirando meus exageros) que esse paraibano de Campina Grande e Itabaiana, que se apresenta como "arquiteto por profissão, poeta por vocação e matuto por convicção", vai encantá-los tal como fez comigo.
Ao final do post está a letra da poesia para quem quiser copia-la. Eu copiei e vou decorar para declamar nos meus “recitais” com os amigos.
Clique na imagem e visite o site do artista. É movimentado e cheio de novidades.
Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconseqüente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive
E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar — Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira.
O "vou-me embora pro passado, não seria plágio? Ou considera-se parória? Pode ser usado comercialmente sem problemas com autor original?
Considerando o Original:
ResponderExcluirPoema Vou me Embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira.
O "vou-me embora pro passado, não seria plágio?
Ou considera-se parória?
Pode ser usado comercialmente sem problemas com autor original?